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5 benefícios da gestão patrimonial por meio de holdings familiares

Cassio Zeni, da Rubik Capital, e Manoella Furquim, do escritório Hasson & Advogados, listam as vantagens de recorrer aos escritórios especializados no tema que utilizam essa solução de personificação jurídica

Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as posses líquidas dos Family Offices e Multi Family Offices (MFOs) alcançaram R$ 468,95 bilhões no primeiro semestre de 2024 (em dezembro de 2023, o volume era de R$ 457,75 bilhões), o que mostra que as famílias que possuem patrimônio elevado estão buscando cada vez mais serviços profissionais de gestão de patrimônio.

Nesse cenário, uma estratégia muito utilizada por esses escritórios especializados em gestão patrimonial para lidar com os montantes bilionários é a holding familiar.

De acordo com Cassio Zeni, fundador da Rubik Capital, gestora de recursos e consultoria de investimentos independente, a ferramenta é excelente para estabelecer planos de sucessão sólidos. “Basicamente, os clientes criam uma empresa e, nesta estrutura jurídica, conseguem gerenciar e potencializar diversos agrupamentos de bens”, diz.

Para reforçar a importância dessa solução, o executivo da Rubik Capital e a advogada Manoella Furquim, do escritório Hasson & Advogados, listaram cinco vantagens que os MFOS podem oferecer. Confira:

  • Capacidade de lidar com mudanças de mercado

Os MFOs não apenas auxiliam na gestão financeira e tributária, mas também oferecem suporte em questões legais e de governança. Por conta desse portfólio abrangente, são estruturas que promovem a preservação de patrimônios multimilionários mesmo diante da volatilidade do mercado, principalmente via holdings familiares.

Cassio Zeni, exemplifica essa capacidade de adaptação citando os possíveis impactos da reforma tributária, que está em andamento no Brasil. “É uma legislação que poderá afetar muito a tributação sobre heranças e doações. Pensando nisso, é fundamental que as famílias de alta renda busquem formas de diversificar seus ativos e mitigar riscos”, afirma.

  • Governança familiar

Com uma holding familiar, o destino das situações jurídicas do autor da herança fica mais claro, em respeito à autonomia dos seus desejos e da conformidade com os ditames legais. “É uma forma de proporcionar uma melhor estruturação patrimonial após a morte e, consequentemente, minimizar o desgaste emocional dos envolvidos”, explica Manoella.

Complementando a advogada, o Cassio Zeni ressalta que a estratégia contribui para que os MFOs “profissionalizem” os sucessores. “Nem sempre o herdeiro estará acostumado com o mundo dos negócios, então, se for auxiliado por especialistas que não possuem conflito de interesse, o diálogo geracional será muito mais transparente”, completa.

  • Tecnologia à disposição

Por se tratarem de entidades corporativas, as holdings familiares precisam ser gerenciadas não só para atender as demandas específicas dos clientes, mas também serem competitivas no mercado de capital. Nesse sentido, as estruturas dos MFOs funcionam como diferenciais para agregar valor à ferramenta.

Cassio Zeni traz como exemplo as tecnologias usadas na própria Rubik: “Utilizamos vários recursos tecnológicos para auxiliar as famílias com uma mentalidade de crescimento constante, como ferramentas de consolidação de patrimônio onde os familiares conseguem visualizar o desempenho dos ativos em único dashboard”, destaca.

  • Redução de taxas

As holdings familiares também podem ser vias estratégicas para reduzir as tributações dos montantes, como o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). “Além da tributação dos ganhos de capital ser menor para PJs, a ferramenta contribui para a diminuição de taxas a depender da função exercida pelo detentor do patrimônio e dos bens em si”, explica a advogada.

  • Simplifica o inventário

Outra vantagem das holdings familiares é a capacidade de diminuírem a complexidade jurídica do inventário. Com essas soluções, não há a necessidade de inventariar todos os bens do falecido, apenas dividir a participação societária que eventualmente ainda subsista em seu nome.

“O fato do patrimônio ser constituído por um grupo de bens cria a necessidade das cotas do detentor da empresa serem inventariadas, nada além disso”, esclarece especialista da Hasson & Advogados.

Por fim, Cassio Zeni ainda faz o adendo de que, mesmo com essas vantagens, as holdings familiares nem sempre serão a estratégia ideal para gerenciar patrimônios elevados. “A ferramenta que será usada para essa gestão é muito particular. Há casos, por exemplo, em que os parentes não querem criar uma sociedade. Por isso, a assistência especializada dos MFOs é indispensável para que as famílias tenham mais conforto nas suas decisões sobre o tema”, finaliza.

Sobre a Rubik Capital

Fundada em 2020, a Rubik Capital é uma gestora de recursos e consultoria de investimentos independente, que busca potencializar a gestão de patrimônios com qualidade, segurança e transparência. Com uma equipe altamente especializada no mercado financeiro e uma abordagem que visa minimizar conflitos de interesse, a empresa oferece um controle rigoroso de risco e resultados alinhados a perfis específicos de volatilidade por meio de serviços de Asset Management, Wealth Management e Multi Family Office (MFO). Dessa forma, a companhia gerencia mais de R$ 1 bilhão em ativos.

Atendendo principalmente a clientes Private e Ultra High Net Worth (UHNW), que chegam a possuir uma liquidez de mais de R$ 50 milhões, a Rubik é reconhecida tanto no mercado nacional quanto internacional. Com homologação pela SEC (Securities and Exchange Commission), nos Estados Unidos, que permite a prestação de serviços de consultoria para clientes globais, a gestora possui mais de 20 fundos sob gestão e é parceira de grandes instituições financeiras, como Banco Safra, BTG Pactual e XP Investimentos.

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