“Não tem mistério”. A frase, dita pelo especialista Fábio Quintanilha, que possui uma rede social especializada em gestão condominial com mais de 11k seguidores (@sindicosdevalor), fala sobre uma administração de condomínios eficiente, responsável, consciente e econômica. Mas, será que não tem mistério mesmo? Administrar um condomínio não é tarefa fácil e se engana quem acha que ser síndico é uma atividade simplificada, ainda mais quando se concilia carreira pessoal e gestão de condomínios. Não à toa é cada vez maior o número de síndicos profissionais. Para se ter ideia, cerca de 18% dos condomínios no Brasil possuíam em 2021 um síndico profissional, segundo levantamento realizado pelo SindicoNet.

Mas, e do que o especialista está falando então? Segundo Fábio, para desmistificar a gestão e facilitar o dia a dia, é preciso que o síndico – e os condôminos – estejam atentos às novidades do mercado. “Hoje existem muitas soluções que podem gerar economia na gestão do condomínio, além de garantir mais segurança e oferecer descontos consideráveis”, diz ele.

E é pra acabar com o mistério que pedimos para Fábio elencar as 3 dicas de ouro para trazer inovação, economia e responsabilidade para a gestão de um condomínio. Confira:

1. Repita: a tecnologia deve ser minha aliada

Não dá pra fugir da tecnologia. Hoje em dia e cada vez mais as condotechs e empresas de tecnologia estão simplificando processos e trazendo melhorias para gestores de qualquer área. E não poderia ser diferente com condomínios. “É preciso estar ligado nas novidades que surgem todos os dias e que podem dar mais agilidade na gestão, reduzindo custos e também os erros, como é o caso de ferramentas de portaria remota, controle de acesso eletrônico que já gera relatórios, softwares de gestão de manutenção predial, aplicativos para balancetes, documentos e avisos aos condôminos, por exemplo”, diz ele.

E são muitas outras ferramentas que podem auxiliar não só a vida do síndico, mas também dos condôminos. Afinal, quem acha que cuidar do condomínio é função exclusiva do síndico precisar reavaliar seu papel como contribuinte e morador. Estar bem informado e atento às novidades deve ser um papel de troca entre moradores e gestores.

2. Economia na ponta do lápis

A palavra que todo mundo quer ouvir: economia. Além de automatizar processos e utilizar ferramentas que podem fornecer bons descontos, um síndico – e seus condôminos – devem contratar serviços que ofereçam inovação e segurança. “Costumo dizer que a nova geração de síndicos está mais preocupada em contratar bons e modernos fornecedores executando o papel de verdadeiro gestor, e se envolvendo menos em tarefas operacionais, já que isso pode e deve ser feito pelos fornecedores”, reforça Fábio.

E como colocar isso em prática? “Muita pesquisa”, diz o especialista. “Hoje existem empresas, como é o caso do Grupo Ergon, por exemplo, que oferecem soluções em GLP e geração distribuída de energia para condomínios, que, além de usufruir de um modelo de energia renovável, ainda possibilita cerca de 20% de desconto por mês na fatura mensal de luz”, conta Quintanilha.

Por isso, estar atento a políticas de preço em serviços como o fornecimento de GLP, luz, internet, é essencial. “Contratar serviços de empresas que já estejam consolidados no mercado traz a segurança que o síndico precisa na hora de fazer uma boa contratação. Utilizar soluções inteligentes no fornecimento de itens básicos faz o condomínio ter um melhor aproveitamento dos seus recursos, além de modernizar e valorizar o empreendimento. Para o síndico também é uma ótima oportunidade para ele criar um case de sucesso na sua gestão e se promover”, ressalta.

3. Fornecedor é pra facilitar, não dificultar

Contratar um serviço pode ser o que se chama no popular “uma faca de dois gumes”. Isso porque quando se contrata um fornecedor espera-se que ele facilite a gestão. Mas nem sempre é isso que acontece. "Pra ter certeza que está contratando alguém que vai contribuir de verdade é preciso primeiramente pesquisar a Certidão Negativa de Débitos da empresa, depois é importante conhecer a estrutura que ela tem de apoio para o condomínio e canais de atendimento ao síndico e moradores, isso agiliza muito a vida do síndico quando ele precisa acionar o prestador de serviço”, reforça Fábio.

Além disso, é preciso avaliar o feedback de outros clientes, pois é aí que está a chave do sucesso. Outro ponto importante é avaliar a questão dos contratos. Muitas empresas impõem cláusulas que não respeitam o direito do consumidor e até mesmo questões judiciais. “Hoje, por exemplo, existem muitas empresas, como é o caso da Gaslog, que fornecem contratos sem fidelidade, ou seja, que não cobram multa por fim contratual. Isso traz autonomia na escolha e garante a idoneidade do fornecedor, finaliza Fábio.