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Atenção aos sinais que evitam crises nas empresas

Sinais aos quais as empresas devem ficar atentas para evitar crises

Advogada especialista em recuperação judicial de empresas, Mara Denise Poffo Wilhelm, cita sinais aos quais as empresas devem ficar atentas para evitar crises.


Como um relógio que precisa que as suas peças estejam em pleno funcionamento para atingir o seu objetivo de informar a hora, assim também é uma empresa. Basta um elo da “engrenagem” dar problema para que todo o resto saia do ritmo. E os problemas podem ser vários: redução no número de clientes, a perda da qualidade do produto, falta de recursos financeiros, problemas trabalhistas, ou mesmo, vários desses ao mesmo tempo.

Cabe ao empresário estar sempre vigilante em seu negócio, cuidando de todos os setores, quer seja da produção, do comercial ou do administrativo. Ele precisa acompanhar periodicamente seus resultados fazendo a respectiva análise dos mesmos. ”É por meio deles que poderá estudar formas para corrigir os problemas preventivamente”, destaca a advogada especialista em recuperação judicial de empresas, Mara Denise Poffo Wilhelm.

Segundo a especialista, há alguns indícios para identificar se a empresa está entrando em crise, sendo que o fluxo de caixa, em regra, é o primeiro a refletir a situação. Os balanços desequilibrados também são indicadores de problema, sem contar que muitas vezes a informação chega tardiamente para a empresa, dependendo da periodicidade que os balanços são entregues ao empresário.

“Os balanços devem ser analisados, identificando se há prejuízos, dificuldade de geração de caixa, de realizar os pagamentos aos fornecedores/credores e tributos no prazo, dificuldade para aprovação de crédito junto a instituições financeiras e poucos estoques de mercadorias”, sendo esses apontamentos, indícios de crise na empresa, explica Mara.

A advogada acrescenta que existem outros fatores que também podem ser relevantes, tais como fraudes na empresa, problemas societários, concorrência desleal, acidentes, mudança repentina de tributação com elevada onerosidade, ou demandas judiciais. Impactos externos, como a alta do dólar, crises políticas e financeiras internacionais, aparição de novos competidores globais também podem levar a empresa, dia a dia, para a crise.

Nesses casos, a busca por uma assessoria especializada e soluções rápidas quando identificado o problema, evita que prejuízos se acumulem e a empresa mergulhe em uma crise profunda. “Importante é sempre estar munido das informações para acompanhar essas causas, diária e incansavelmente, verificando de perto os resultados apresentados pela empresa, tomando medidas preventivas e proativas” destaca Mara.

De acordo com a especialista, não existe uma fórmula mágica para tirar as empresas da crise financeira, mas, sim, um conjunto de medidas que devem ser adotadas. Estas medidas podem ser de ordem interna, com a utilização de pessoal próprio, ou externas, com orientações econômicas, financeiras e jurídicas elaboradas por especialistas em crises. “Todas devem convergir para um novo planejamento estratégico, que, certamente, se bem elaborado, irá reverter a situação de crise que a empresa vem atravessando”, afirma Mara.

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